Pelo menos 100 pessoas se tornaram multiplicadores ambientais após passarem por um curso de capacitação realizado nesta sexta-feira (30) em Maracajaú, município de Maxaraguape, no Litoral Norte potiguar.
O evento reuniu guias turísticos, pescadores, barqueiros e moradores do município. O curso de capacitação em boas práticas é voltado para usuários da Área de Proteção Ambiental Recifes de Corais (APARC).
“Esse curso foi muito bom pra gente aprender mais sobre os corais, sobre como proteger os corais, até pra gente conseguir orientar os turistas que vem nos visitar”, disse o barqueiro José Gomes, de 58 anos, que trabalha desde 2015 como barqueiro em Maracajaú.
Foram desenvolvidas dinâmicas para integrar os participantes. A gestora da Área de Proteção Ambiental Recife de Corais ressaltou que o curso fortalece as parcerias que atuam dentro do território da unidade de conservação no sentido de conscientizar a comunidade para a importância da conservação da área.
“A gente busca trazer essa visão do empoderamento das comunidades em que existe o órgão ambiental que faz a gestão da unidade de conservação, mas a comunidade é que tem que realmente se apropriar daquilo e cuidar para as futuras gerações”, disse Jaciana Barbosa.
“O evento foi um sucesso, mais de 100 inscritos, com uma participação da comunidade de Maracajaú. Foi um momento de muita conexão e com certeza vamos formar muitos multiplicadores ambientais a partir de hoje”, disse o presidente da APC Cabo de São Roque, Lucas Veríssimo.
Evento sustentável
Todo o material didático do curso, assim como o material de apoio do evento, foram produzidos com materiais sustentáveis.
“Cada um pode fazer a sua parte pela conservação e preservação do meio ambiente e hoje nós fizemos a nossa, utilizando materiais recicláveis, que não agridem o meio ambiente. Os certificados, copos, pratos, tudo é de papel, zero plástico”, disse Isadora Barreto, coordenadora da APC Cabo de São Roque.
Os participantes receberam ainda uma tag com a marca do Programa Multiplicadores Ambientais produzida em papel semente. “A tag também é em papel reciclado e basta rasgar e plantar que vai nascer uma salsa, um coentro ou uma margarida”, explicou.
O curso faz parte do Programa Multiplicadores Ambientais, executado pela APC Cabo de São Roque em parceria com o Ministério do Meio Ambiente e Governo Federal, e teve parceria também com o IDEMA